sexta-feira, 5 de julho de 2013

Salvos pelo sofrimento e morte Dele




Por Débora Terezinha Hoffmann

O que afinal matou Jesus Cristo? O que o pregou de forma tão cruel sobre aquele madeiro? O que angustiou o Mestre de forma tão dolorida a ponto de Ele suar gotas de sangue? Quais foram os reais motivos que levaram o Filho de Deus a pedir para que, se possível, o cálice fosse retirado? O que fez com que o meu e o seu Senhor e Salvador morresse lentamente e de modo tão terrível? Afinal, foram longas as sessões de surras antes da via crúcis? Foi a coroa de espinhos que perfurou Seu Crânio e Seu cérebro? Foram as incontáveis chibatadas que despedaçaram Sua pele e rasgaram Sua carne? Foi aquela lança que transpassou Seu lado e provocou a completa desidratação do Filho de Deus? Foram os cravos que furaram Suas mãos curadoras e os pés que levaram salvação aos perdidos?

Certamente Jesus, que conjugava perfeitamente as naturezas humana e divina, sofreu de modo inimaginável e sem precedentes. Mas, com certeza, a natureza divina foi a mais sofredora no evento da crucificação. Afinal, o que poderia doer mais para a encarnação do amor: as terríveis pancadas no corpo ou o desprezo daqueles a quem Ele mais havia amado? Os ferimentos no corpo ou o peso dos nosso pecados e culpas que o esmagaram?

Aclamado por anjos desde a eternidade, Ele era a personificação de toda a majestade. Jesus esteve presente, na e participou ativamente da, criação do universo e, por conseguinte, do planeta Terra. Ele era o Verbo. Compondo a trindade divina  como Filho de Deus, Ele criou o homem e a mulher, enfim, o ser humano, a cora de toda Sua criação. Os fez perfeitos e em troca recebeu a rebeldia. Os anos, décadas, dispensações foram passando e Ele esteve lá, sempre dando uma nova oportunidade para que a Sua criatura fosse transformada em filho. Mas, o homem, na sua ignorância continua a pensar, que pode se virar sozinho, sem se importar com o amor de Deus.

Quando desceu a este mundo, Jesus tomou para si a responsabilidade mais complexa que poderia haver: encarnar-se, vir como homem, passar pelas mesmas dificuldades que nós, suportar as mesmas dores, ter os mesmos desafios e padecer o que homem nenhum poderia suportar: a morte de cruz, com a responsabilidade em Seus ombros de lavar os pecados de todos nós. Cuspido, surrado, humilhado, maltratado, desprezado. O Rei dos reis e Senhor dos senhores foi tratado da maneira mais desprezível que poderia existir na história da humanidade. Mesmo após ouvir o escárnio daqueles por quem estava entregando Sua vida, tudo por amor, Ele não abriu a Sua boca para maldizê-los, antes rogou ao Pai que lhes desse Seu divino perdão.

Se hoje nós podemos ter as nossas feridas do corpo e da alma curadas é porque Ele as levou sobre Si. Se hoje eu e você podemos entrar na maravilhosa presença de Deus é porque a força do sangue dEle, que foi derramado, nos abriu este caminho. Se hoje nós podemos optar pelo caminho estreito que traz a vida eterna, é porque um dia Jesus Cristo decidiu palmilhar Seus pés pela via dolorosa.

Fonte: Jornal Mensageiro da Paz, maio de 2013, pág. 22, editora CPAD.  

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